Os
chapéus possuíam inicialmente uma função prática. Protegiam as cabeças durante
as batalhas e também dos maus tempos, do frio e do calor. Entretanto, nem
sempre é muito clara a fronteira entre utilidade e função simbólica.
Os
chapéus existem por causa da necessidade, mesmo que simbólica, de preservar a
parte mais nobre do homem: a cabeça, e, portanto, o pensamento".
Podemos
afirmar certamente que, em todas as culturas, a indumentária da cabeça faz
parte de um "código corporal" que, como outras formas linguísticas,
servem para enviar mensagens e comunicar.
É
uma representação simbólica que traz múltiplos significados: poder, sedução e
intimidação, como é o caso dos capacetes criados para provocar medo, mas também
a pertença numa cultura, esfera social ou categoria profissional.
A
Causia feita de feltro pesado de lã ou de pele
foi uma das indumentárias para a cabeça mais usadas na era helênica, sendo
originária da Macedônia. De acordo com Plínio, tinha a forma de cone. Amarrada
na nuca com fitas e apertada no queixo, foi usada como capacete durante as
batalhas. O Galerus era também muito popular. Consistia num
quepe pontudo fixo e amarrado abaixo do queixo. Feito inicialmente com peles de
animais, foi mais tarde substituído pelo feltro de lã.
A
palavra cappellus, diminutivo de cappa,
foi usada até o século XV e indicava um gorro de veludo ou feltro amarrado sob
o queixo. A riqueza de uma pessoa era realçada pelo valor dos materiais usados,
tais como pele, brocados e pedras preciosas. Por outro lado, os menos
afortunados usavam gorros simples com a única finalidade de se proteger do mau
tempo. Para falar dos chapéus da maneira como os conhecemos, devemos adentrar o
século XIV quando as indumentárias com abas fizeram sua surpreendente aparição
na sociedade.
Objeto: Chapéu de aniversário
Braço do mapa: Chapéu de aniversário, festa, Lady Gaga.
Ideia: Na festa de Lady Gaga, apareci usando
apenas chapéu de aniversário.
Objetivo:Criticar a forma com que a mídia distorce
os fatos, transformando acontecimentos e pessoas em um palco de escândalo.
Justificativa:A partir da observação e análise
de notícias em jornais, revistas, televisão e internet, pude perceber a forma
com que a mídia muitas vezes deixa a objetividade de lado e manipula nós,
espectadores, por meio de frases de
efeito e imagens que acabam por direcionar o nosso pensamento a uma determinada
opinião. Um exemplo claro desse tipo de
manipulação foi a divulgação da notícia sobre o vestido de carne que Lady Gaga
usara na premiação de 2010 do MTV Video Music Awards. O vestido foi comentado apenas como
algo “bizarro” ou cmo
“apenas mais uma das maluquices de Lady Gaga”, sem a divulgação do real
significado do vestido e da inspiração da cantora, que veio de uma obra da Body
Arte, e cuja função era dizer que por trás de toda a “carne” que a mídia expõe,
existe um artista, um ser humano.
Defesa: Escolhi o chapéu de
aniversário por ser um objeto simples,
feito com papel cartão, um adorno para festas de aniversário infantis. Como o
objetivo é criticar o fato de a mídia tornar algo simples em algo escandaloso,
utilizei um objeto simples para a construção de uma indumentária bastante
exótica e exorbitante, com elementos que remetem à pessoas da mídia, como
Madonna e Lady Gaga.
Conclusão:O
maior ponto positivo desse trabalho, foi
explorar a criatividade para reinventarmos objetos, dando a eles não apenas uma
nova utilização, mas um novo significado. Na minha opinião, foi o trabalho, até
então, que mais se aproximou da realidade do Designer. Gostei também pois pude
trabalhar com a moda conceitual, ramo no qual
pretendo trabalhar futuramente.
A
montagem do meu objeto também foi fácil, e não necessitou de muito
investimento, financeiramente falando.
O ponto negativo foi o enorme
desgaste físico de ir até o saara,
procurar por um objeto que fosse irreverente e a abrisse um grande leque de
possibilidades.
Outro ponto negativo foi não poder ter confeccionado o calçado da
minha indumentária por não ter tempo de ir ao saara comprar mais chapéus de aniversário,
muito embora isso não tenha prejudicado o meu projeto.
Lorena Malschik
Lorena Malschik
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